“Já não me dão mais apelidos feios na escola”. Essa frase faz parte de uma carta escrita por uma adolescente de 14 anos ao cirurgião plástico especialista em otoplastia que corrigiu as orelhas de abano dela, o doutor Mauro Speranzini, criador de técnicas que reduzem a zero as chances do abano voltar e ser necessário repetir a operação. O capítulo “sofri bullying por causa da minha orelha ” estava acabado.
Depois da cirurgia, a jovem também comemorou o fato de se sentir bonita como suas amigas e voltar a conviver com os colegas.
Recuperar a vontade do adolescente de ir à escola traz benefícios que vão muito além da beleza, pois impactam diretamente na autoestima, na autoconfiança e no desejo de se relacionar ao invés de se isolar, que são questões fundamentais para um desenvolvimento saudável.
Estrategicamente, as férias são a melhor época para realizar o procedimento nos pacientes em idade escolar. Assim, os pais evitam que o filho sofra ainda mais bullying, em razão do inchaço e da roxidão das orelhas no pós-operatório imediato, que costumam regredir em uma semana.
No mais, as férias podem ser aproveitadas com atividades leves, como andar de bicicleta, três dias depois da operação, ou mesmo viajar. Mas, para entrar na piscina ou ir à praia, é preciso esperar duas semanas e, ainda assim, com protetor solar nas orelhas, e de três a quatro para jogar futebol e praticar outros esportes de contato.
Vale lembrar que a otoplastia pode ser feita a partir dos 6 anos de idade, quando a orelha já tem praticamente o tamanho da de um adulto. A cirurgia, que não exige que a pessoa corte o cabelo, é realizada com anestesia local e sedação oral, dura uma hora e meia para fazer apenas uma orelha e de duas a três horas para fazer as duas.
O incômodo no pós-operatório é controlado com analgésico e já a partir da primeira noite pode-se dormir de lado. Os pontos são retirados em cinco dias, a cicatriz fica imperceptível, atrás das orelhas, e o resultado final é visto depois de dois meses, sendo que o inchaço e a roxidão moderadas desaparecem entre uma e três semanas.