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Sofri bullying por causa da orelha de abano

3 de abril de 2023

Resgatar uma criança da condição desconfortável de isolamento por conta de uma característica física fora do padrão é um ato que não tem preço. Sofrer bullying por causa da orelha de abano é algo muito comum entre os jovens pacientes que ainda não fizeram a otoplastia.

O bullying causa estrago, muitas vezes irreversível. Trazê-la de volta ao convívio social, sem traumas e sem grilos na cabeça, gera benefícios que vão muito além da questão estética. O impacto é direto na autoestima, na autoconfiança e na retomada do desejo de se relacionar, quesitos fundamentais para a correta formação do caráter e da personalidade. Esse é o poder, por exemplo, de uma cirurgia bem-sucedida para correção de orelhas de abano, a otoplastia.

Para ilustrar o impacto que essa mudança é capaz de causar na vida das pessoas, destacamos duas histórias entre centenas de situações corriqueiras onde crianças e pais relatam seus anseios e temores antes da cirurgia e, claro, o alívio, a satisfação e o bem-estar geral no final do processo.

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Desde pequeno, o estudante B. F. G.*, hoje com 15 anos, se lembra de ter sofrido bullying por causa da orelha de abano. “Tinha a impressão de que qualquer pessoa que olhasse para mim ou na minha direção estava vendo apenas as minhas orelhas. e isso me deixava extremamente inseguro, a ponto de não querer conversar com ninguém, fugir das fotos e adotar um corte de cabelo que eu detestava, mas pelo menos, disfarçava o problema”. Apesar de saber do desconforto da criança, sua família optou por esperar que ele decidisse encarar a operação.

B. conta que a cirurgia foi muito mais tranquila do que ele imaginava e que a alta médica aconteceu no mesmo dia. “Além disso, ele relata que não sentiu dor durante o procedimento. O fato de não ter que enfrentar o clima hospitalar para a realização da cirurgia e a atenção recebida por toda a equipe também aumentou minha segurança e me deixou mais à vontade. Mas nada superou a emoção que senti ao ver, no dia seguinte, que minhas orelhas já estavam diferentes, mesmo com o inchaço, que desapareceu totalmente após dois meses”, diz o jovem, que está tão seguro e se sente tão bem com o novo visual que finalmente passou a fazer selfies, mudou o guarda-roupa e adotou o corte de cabelo curto e raspado nas laterais que tanto queria.

Todo o processo do B. foi tão tranquilo, desde a consulta até o pós-operatório, que os pais repetiram o processo com os outros três filhos menores, que também sofriam com as orelhas de abano.

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M. R. C.* tem 11 anos e, desde os seis, já se sentia incomodada com as orelhas de abano, que à época eram bem salientes. Seus pais nunca conseguiram perceber qualquer ‘defeito’ na filha. Quando havia algum comentário de familiares a respeito, ou da própria menina, a resposta era sempre a mesma: “Você é linda de qualquer jeito! Suas orelhas não são tão grandes assim. Não dê importância para o que dizem os colegas, é inveja!”.

Mas a menina começou a apresentar sintomas de quem sofria bullying por causa da orelha de abano. Ela não queria mais ir à escola. Apresentou queda no rendimento escolar, passou a ter atitudes agressivas e começou a chegar em casa chorando depois da aula. Após conversarem com psicólogos da escola onde estudava, os pais foram orientados a conversar abertamente com a menina sobre as orelhas de abano, inclusive, contando a ela da possibilidade de ela se submeter a uma otoplastia. “Foi difícil para mim, porque, mesmo vendo que as orelhas dela eram muito evidentes, eu pensava que passar por uma cirurgia pudesse ser muito mais danoso, então eu preferia abstrair essa situação e não acreditar que isso a incomodava tanto”, relata o pai. A mãe, por outro lado, confidenciou que seria muito difícil para ela acompanhar sua filha, ainda tão pequena, para realizar um procedimento cirúrgico. “Ficava apavorada de pensar nela sendo anestesiada ou na possível dor no pós-operatório da otoplastia.”

O procedimento foi realizado em meados de 2018. Após a experiência, a mãe relata que no dia da operação ficou bastante nervosa e apreensiva e só sossegou quando viu a menina sorridente ao final da cirurgia. Foi um alívio. “Hoje, revivendo a situação, vejo que eu sofri muito mais do que a M., que fez a cirurgia (risos). Ela se transformou numa menina mais autoconfiante.”

“Adoro usar rabo de cavalo e ir à piscina, duas coisas que eu não fazia antes da cirurgia. Hoje, não me sinto mais diferente. Ninguém olha e muito menos fala nada das minhas orelhas. Na verdade até falam, mas falam que as minhas orelhas são muito bonitinhas”, comemora M.

A mãe completa: “Agora, nos preparamos para trazer o nosso caçula, hoje com nove anos, que fará a otoplastia ainda esse ano. Desta vez, ficarei bem mais tranquila na espera pelos ótimos resultados estéticos e psicológicos que a cirurgia para correção das orelhas de abano certamente trarão para ele, assim como ocorreu com a minha filha”.

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Vale lembrar que a otoplastia pode ser feita a partir dos seis anos de idade, quando a orelha já tem praticamente o tamanho da de um adulto. A cirurgia, que não exige que a pessoa corte o cabelo, é realizada com anestesia local e sedação profunda, dura uma hora e meia para fazer apenas uma orelha e de duas a três horas para fazer as duas.

O incômodo no pós-operatório é controlado com analgésico e, já a partir da primeira noite, pode-se dormir de lado. Os pontos são retirados em cinco dias, a cicatriz fica imperceptível, atrás das orelhas, e o resultado final é visto depois de dois meses, sendo que o inchaço e a roxidão moderadas desaparecem entre uma e três semanas.

Procurar um cirurgião especializado neste tipo de cirurgia com bastante experiência é fundamental para que os resultados sejam os melhores possíveis, lembrando que os resultados variam conforme o caso.

*Nomes abreviados para preservar as identidades.

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