“Orelhas de abano” – expressão ganha força por conta do uso das máscaras e evidencia ainda mais a dor de quem sofre com a anomalia

Em condições normais, quem sofre com o estigma das orelhas de abano carrega consigo uma carga emocional pesada. Inevitavelmente, muitas dessas pessoas já enfrentaram ou enfrentam repetidamente alguma situação de bullying por conta do formato da orelha.

Não bastassem as agruras do dia a dia provocadas pelo visual, com a obrigação do uso das máscaras em tempos de pandemia a exposição ficou muito maior. A bola da vez em qualquer conversa informal sobre os incômodos causados pela máscara é a expressão “orelhas de abano”. Se a projeção natural incomoda tanto quem não sofre com o problema, é possível imaginar o estrago na autoestima de quem convive com a anomalia.

Sob o olhar estético, a máscara cobre grande parte da região central da face, e a pressão exercida pela sustentação posicionada nas orelhas evidencia ainda mais o abano. 

Já sob o ponto de vista clínico, para aqueles que não têm orelhas de abano, o desconforto é momentâneo, como explica Dr. Mauro Speranzini, um dos maiores especialistas em cirurgia para a correção da orelha de abano. “Isto ocorre principalmente em pessoas cuja cartilagem é mais mole. O uso da máscara não provoca e nem potencializa qualquer abano irreversível”, ressalta o cirurgião.

Tudo é uma questão de interpretação da realidade. Se você olha para um copo de água pela metade e o enxerga meio cheio, vá em frente, você é otimista e destemido. O incômodo da máscara é o impulso que faltava para você decidir que chegou a hora de livrar-se de algo que causa tantos transtornos psicológicos. Orelha de abano nunca mais. Será libertador! É a retomada de uma nova vida, muito mais confiante e plena.

Hoje, a evolução da otoplastia atende pelo nome de oto definitiva – associação de técnicas revolucionárias, cujos resultados levaram a cirurgia da correção das orelhas de abano a uma nova era.