Falsas promessas de eficácia e modernidade induzem pacientes à escolha perigosa da técnica de otoplastia fechada
Na onda do vale tudo por mais um paciente, a internet tem servido como arma para difundir informações muitas vezes falsas e perigosas para os candidatos à correção das orelhas de abano. A bola da vez é a técnica de otoplastia fechada.
O conceito “minimamente invasivo” muitas vezes induz o paciente a acreditar que a correção das orelhas de abano através de técnicas pouco invasivas é a melhor e mais moderna solução para este problema que atrapalha a vida de muitas pessoas.
Antes de te contar tudo que você precisa saber sobre esta técnica, uma coisa precisa estar clara: normalmente a projeção das orelhas para frente não é decorrente de apenas uma alteração na estrutura das orelhas. Na verdade, na maioria dos casos é necessário ajustar várias estruturas para que o resultado seja natural.
Otoplastia fechada: o que é verdadeiro e falso?
1. A otoplastia fechada é uma nova técnica, minimamente invasiva que molda as orelhas sem cortes
Falso.
A otoplastia fechada não é nova. Foi descrita na literatura médica na década de 1990 e abandonada pela maioria dos cirurgiões plásticos por não ser eficaz em 97% dos casos, já que corrige somente uma alteração do abano.
2. A possibilidade de infecção na otoplastia fechada é praticamente zero
Falso.
Em qualquer cirurgia de correção das orelhas de abano o índice de infecção é baixo. Na experiência de quase 30 anos do Dr. Mauro Speranzini nunca houve um único caso de infecção, por isso, esta não pode ser considerada uma vantagem da otoplastia fechada.
3. Não há falta de sensibilidade, principalmente no polo superior (ponta)
Falso.
Esta também não pode ser considerada uma vantagem da técnica fechada, já que a alteração de sensibilidade não é a regra nas otoplastias realizadas com outras técnicas, ela ocorre somente em casos mal operados. Na cirurgia bem executada por um verdadeiro especialista em otoplastia, não há relatos de alteração da sensibilidade.
4. Hematomas se ocorrem são muito pequenos e reabsorvidos rapidamente
Verdadeiro.
Quanto menos invasiva é a cirurgia menor a chance de hematomas, porém, especialmente nas cirurgias realizadas na Clínica Speranzini, o hematoma deixou de ser uma preocupação, pois reduzimos para zero esta incidência através do desenvolvimento de uma associação de técnicas cirúrgicas eficazes contra o hematoma, extrusão de pontos e o retorno das orelhas à posição original.
5. Anestesia limitada a pequenas áreas (menos picadas)
Falso.
O número de picadas é exatamente o mesmo. Toda a orelha precisa ser anestesiada em qualquer técnica. Por isso, não acredite que a técnica de otoplastia fechada é mais vantajosa nesse aspecto.
6. A recuperação é extremamente rápida
Verdadeiro.
Na otoplastia fechada a recuperação se dá em 4 a cinco dias, enquanto que nas demais técnicas são necessários 7 a 10 dias para uma aparência bastante boa. Os benefícios compensam alguns dias a mais de recuperação.
7. A cirurgia é mais curta
Verdadeiro.
É meia hora mais curta. Mas provavelmente você precisará de um ou mais procedimentos adicionais para corrigir o que não foi feito na otoplastia fechada. Assim, o curto vai virar longo e bem mais caro.
8. Possibilidade de retorno ao trabalho no dia seguinte
Verdadeiro.
Na otoplastia com a associação de outras técnicas que será mais eficaz, é possível retornar ao trabalho em dois dias. As orelhas estarão inchadas, mas não há impedimento para o trabalho. Se tiver cabelos compridos para cobrí-las , melhor.
9. Na otoplastia fechada não há a necessidade de enfaixamento logo após a cirurgia
Verdadeiro.
Na otoplastia com a associação de outras técnicas aconselha-se o enfaixamento por 12 horas. No dia seguinte o próprio paciente retira o curativo e deve retornar na clínica após dois dias. Nesse sentido, há uma ligeira “vantagem” para essa técnica.
10. Não precisa se manter afastado do sol
Falso.
Caso haja uma equimose (ficar roxo) com qualquer otoplastia, é conveniente evitar o sol por duas semanas. Se não ficar roxo, realmente há menor preocupação com o sol. Mas os benefícios da otoplastia com técnicas mais eficazes do que a fechada compensam ficar afastado do sol direto por um mês. Para não errar, sempre pergunte ao seu médico sobre os cuidados com o pós-operatório da otoplastia.
11. Retorno às atividades físicas já na semana seguinte
Falso.
Esta é outra afirmação que é válida para qualquer tipo de otoplastia. Na semana seguinte é possível o retorno para atividades físicas como musculação, caminhada, bicicleta. Para atividades mais arriscadas, como esportes de contato, não é aconselhável, com qualquer técnica. Portanto leve em consideração seu período de repouso em qualquer hipótese.
12. Na otoplastia fechada não há necessidade de uso de antibióticos
Verdadeiro.
Porém esta também não pode ser considerada uma super vantagem em relação à otoplastia realizada com outras técnicas já que, na prática do dr Mauro Speranzini, por exemplo, é feito o uso de antibiótico profilático somente por um dia.
13 – Não existe risco de queloide ou abertura de pontos na otoplastia fechada
Falso.
Na técnica fechada os pontos podem se soltar e levar à perda de 100% do resultado. Também há casos de quelóide no ponto de entrada do fio. O quelóide tratado precocemente é de fácil solução e não compromete o resultado da otoplastia. No entanto, é preciso análise clínica e acompanhamento de um bom profissional para verificar a formação de quelóide e o andamento da cicatrização.
14. A otoplastia fechada pode ser usada em qualquer caso de orelhas de abano
Falso.
98% das orelhas tem alteração também do lóbulo e da concha. Assim, a técnica fechada está indicada em apenas 2% dos casos.
15. A otoplastia fechada é a melhor indicação para crianças, pois se recuperará mais facilmente e pela simplicidade do método apenas a anestesia local será suficiente
Falso.
Crianças com menos de 10 anos não são boas candidatas a cirurgias somente com anestesia local. Podem ficar inquietas, e assim atrapalhar o bom andamento da operação. O alto índice de insucesso na otoplastia fechada traumatiza as crianças, que necessitarão ser reoperadas para nova correção.
16 – A chance das orelhas voltarem a abrir é menor do que nas demais técnicas usadas na otoplastia
Falso.
Além de corrigir de forma incompleta, a técnica fechada tem índice de retorno do abano de 15% dos casos. A cartilagem é uma mola e os pontos não são capazes de manter a orelha na nova posição em muitos casos, principalmente naqueles que tem a cartilagem mais dura e inelástica.
O Dr. Mauro Speranzini é reconhecido pela comunidade médica nacional e internacional especializada pelo desenvolvimento de uma associação de técnicas cirúrgicas para a otoplastia.
Além de produzir um resultado estético mais próximo à perfeição possível, essas técnicas reduzem a chance das orelhas retornarem à posição original após a cirurgia de correção das orelhas de abano a praticamente zero.
Em conclusão, não acredite em promessas boas demais para parecer verdade. Agende uma consulta com um especialista no assunto e tenha certeza de que o profissional escolhido atuará com conhecimento e responsabilidade.
