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Lâmina de safira no transplante capilar – o que não te contam

7 de abril de 2023

De tempos em tempos, novas técnicas e tecnologias conferem evolução efetiva para diversas especialidades da cirurgia plástica. No transplante capilar, por exemplo, os dois últimos fatos mais emblemáticos se deram com a chegada da técnica FUE, por volta de 2002 e, mais recentemente por meio da técnica DNI, desenvolvida pelo cirurgião plástico brasileiro Dr. Mauro Speranzini que, associada à FUE, mostrou-se absolutamente inovadora e levou o transplante capilar a uma nova era. Sem dúvida, grandes notícias para quem sofre com os transtornos causados pela calvície.

O problema é que a esteira que entrega novidades comprovadas e aclamadas pela comunidade médica internacional, infelizmente, às vezes serve de instrumento para profissionais oportunistas anunciarem, também de tempos em tempos, técnicas e/ou tecnologias pouco efetivas, muitas vezes descontextualizadas, como soluções definitivas para todos os problemas. A bola da vez no transplante capilar atende pelo nome de lâmina de safira.

Não é exagero afirmar que o chamado “transplante capilar com lâmina de safira” soa de forma atraente. O problema é que se trata de uma atração perigosa, já que o equipamento vem sendo apresentado como uma inovação capaz de entregar resultados revolucionários em qualquer situação. Uma inverdade!

O material de que é feita a lâmina de safira não tem qualquer relação com a pedra preciosa de mesmo nome. O atraente nome causa confusão nas pessoas que acreditam ser este um material nobre, raro e especial. Na verdade, é apenas um tipo de plástico, feito de óxido de alumínio.

A alegada vantagem de permitirem mais furos do que uma lâmina de aço não apenas não é uma vantagem como, na realidade, traz grandes riscos para os pacientes. Por serem mais caras, algumas clínicas escolhem este tipo de material para ilegalmente reutilizar em várias pessoas! Lâminas de aço, ao contrário, duram toda cirurgia e são descartadas ao final.

Outra grande vantagem das lâminas de aço é a disponibilidade de tamanhos muito menores. Com a técnica DNI utilizamos lâminas de 0,55 mm de largura, enquanto que as menores lâminas de safira começam com 0,75 mm. Uma diferença brutal em termos de agressão à pele, à circulação sanguínea, à formação de cicatrizes e, consequentemente, à taxa de sucesso e à naturalidade do resultado final.

Outra vantagem da lâmina de aço é o seu formato retangular, que permite acomodação perfeita dos fios dentro do couro cabeludo. Lâminas de safira, ao contrário, têm forma de uma lança. Assim, o orifício se afunila na profundidade, dificultado a acomodação dos fios. Para compensar esse formato inadequado, é necessário fazer a incisão mais profunda.

A consequência é uma agressão maior à circulação sanguínea, o que reflete diretamente na piora na nutrição dos fios. O alegado transplante de maior densidade na realidade é muito menor. Por produzirem orifícios mais largos e mais profundos, a densidade possível é sempre menor em comparação com as lâminas de tamanho menor.

Dra. Cristina Nakano, cirurgiã-chefe da Guardiões do Cabelo, clínica integrante do Grupo Speranzini – referência internacional em transplante capilar, explica que a customização do furo para o implante é o que importa. “As lâminas, sejam elas com ponta de safira ou de aço, devem ser usadas no tamanho adequado em cada região, ou seja, atendendo a particularidade de cada caso, seguindo o padrão do folículo do paciente”.

Em resumo, o que determina a eficácia do resultado na colocação do folículo é a correta escolha do equipamento, e não o material utilizado na ponta.

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