Queda de cabelo: a relação entre o estresse e a perda acentuada de cabelo

Entre outras consequências, o cenário atual de pandemia deve elevar o nível de estresse das pessoas. Com isso, o processo de queda de cabelo pode se acelerar.

Mesmo antes da pandemia o estresse já se caracterizava como um problema recorrente na atualidade. Os efeitos se manifestam de diferentes formas no corpo. Nos cabelos, o estresse pode servir como um gatilho para início da queda de cabelo ou agravar um quadro já existente. 

De acordo com os médicos tricologistas da Clínica Speranzini, o estresse influencia o ciclo de atividade dos folículos pilosos, promovendo a queda capilar. Esse quadro é chamado de eflúvio telógeno. Uma pessoa estressada pode então sofrer uma queda capilar temporária, ou seja, impulsionada por um momento de grande tensão. Em situações extremas pode ocorrer a perda de até 50% dos fios.

Não importa o quanto o indivíduo cuide dos cabelos, se não tratar o problema emocional, os fios continuarão a cair. Mas por que isso acontece? Qual é a relação entre o estresse e a perda acentuada do cabelo? Em situações de estresse agudo, ocorre a liberação de altas taxas de cortisol no organismo. Fisiologicamente o corpo não entende que os cabelos sejam uma prioridade para sobrevivência. Então, o organismo reservará ou direcionará para outros órgãos os nutrientes que antes eram enviados aos cabelos.

Dessa maneira, em caso de estresse, a produção de cortisol, substância que impede a entrada de nutrientes na região capilar, é acelerada e, consequentemente, freia o crescimento dos cabelos. Mas outros tipos doenças capilares se relacionam com o estresse e a perda acentuada de cabelos. Podemos citar como principais doenças capilares influenciadas pelo estresse:

Alopecia androgenética: emboracomo o próprio nome diz, trata-se de uma condição genética, porém a pessoa que possui os genes da calvície sob estresse desenvolve o eflúvio telógeno que acelera os ciclos capilares cada vez mais curtos da alopecia androgenética.

Alopecia areata: o sistema imunológico age contra os folículos, fazendo com que ocorra a queda deles, inclusive, em grandes quantidades. Sabe-se que muitos pacientes abrem o quadro de alopecia areata após situações de estresse intenso.

Tricotilomania: é um comportamento queestá ligado a um transtorno de ansiedade compulsivo, e caracteriza-se em o indivíduo extrair o próprio cabelo.

Então fica a dica: ao primeiro sinal de perda acentuada de cabelo num período de estresse, não hesite, procure imediatamente um tricologista. Através de exames específicos, ele vai determinar o tratamento e as principais medidas para recuperar a saúde dos seus cabelos. Quanto mais rápido for realizado o diagnóstico e iniciado o tratamento específico, melhores tendem a ser os resultados obtidos.