Técnica DHI e DNI: entenda e veja qual a melhor para o seu transplante capilar
7 de abril de 2023Nem sempre o que se apresenta como novo é, na prática, uma inovação
A corrida pelo desenvolvimento de novas técnicas de cirurgia é uma constante. No segmento da cirurgia capilar não é diferente. A cada evolução ganha o médico e, mais ainda, o paciente por conta dos resultados mais eficazes. Mas nem sempre o que se apresenta como novo é, na prática, uma inovação e isto pode confundir aqueles que estão à procura da melhor solução para a calvície. É o caso da técnica DHI.
No início dos anos 90 um médico coreano criou uma ferramenta para implantar cabelo: o implanter afiado. A inovação realmente superou com vantagens o uso de pinças para acomodação das unidades foliculares nos orifícios, até então, a única ferramenta utilizada no transplante capilar, que tinham alto poder de machucar os delicados fios de cabelo, levando à perda de um número significativo de fios. A evolução, então, passou a ser praticada em várias clínicas em todo o mundo.
Em 2015, no entanto, Dr. Mauro Speranzini, cirurgião plástico brasileiro, sempre em busca de novas soluções, descobriu que a mesma ferramenta daria melhores resultados sem a afiação. Imediatamente, o médico modificou a ferramenta, reuniu cases de sucesso e publicou seu trabalho na mais importante revista de transplante capilar do mundo, a revista FORUM INTERNATIONAL. O segmento de transplante capilar conhecia, naquele instante, a nova evolução, a técnica DNI, que associada a técnica FUE, levaria a cirurgia de transplante capilar a um novo patamar.
Contudo, recentemente algumas clínicas passaram a divulgar transplantes capilares com uma técnica denominada DHI, apresentada como grande novidade. Porém, o método é o mesmo descrito na Coréia, em 1992. O que ocorre, na verdade, é que foi criada a nomenclatura DHI simplesmente para retomar uma antiga técnica e pegar uma carona no sucesso da técnica DNI.
Sim, DHI é apenas um nome novo para algo antigo. Na comparação direta é flagrante a diferença entre ambas as técnicas. Confira:
Na técnica DNI os orifícios são 50% menores do que na técnica do implanter afiado (rebatizada recentemente de DHI). Incisões menores causam menos cicatrizes, menos inchaço, maior densidade (mais fios por centímetro quadrado) recuperação mais rápida e muito melhor circulação sanguínea. Isto faz com que cresçam mais fios de cabelo!
Com a técnica DNI, o médico faz todos os orifícios na área calva, definindo o desenho da linha anterior, a densidade, direção dos fios e número de fios transplantados. Dentre as facilidades, se quiser, o cirurgião pode colocar todos os fios com o implanter não afiado ou pode, ainda, delegar para outro membro da equipe. Essa possibilidade evita desgaste excessivo do cirurgião e gera benefício direto ao paciente.
Já na técnica DHI, o médico retira e coloca todos os fios, levando ao cansaço e a improdutividade. O pior é que, para superar essa desvantagem, há clínicas que contratam técnicos sem formação médica para dividir as atividades.
A técnica FUE com DNI oferece um nível de sofisticação que realmente anuncia uma nova era para o transplante capilar. O método conta com alto índice de aprovação dos pacientes e o reconhecimento da comunidade médica internacional.