Procura por transplante capilar aumentou 300% em um ano graças ao zoom boom
No mundo da estética, o cenário de pandemia e seus desdobramentos também geraram importantes transformações no comportamento das pessoas. A necessidade do distanciamento obrigou, por exemplo, a adequação imediata na forma direta de comunicação e interação. Nesse sentido, a videochamada tornou-se o caminho mais seguro e eficaz para conectar pessoas e manter as rotinas profissionais e sociais.
O encontro diário com a própria imagem nas telas do celular, tablet ou computador, em meio à reuniões ou bate-papos, o impacto foi sintomático. As pessoas passaram a se enxergar com um novo olhar e, em muitos casos, as impressões não foram das melhores. Daí nasceu o fenômeno chamado Zoom Boom – descontentamento com a própria imagem durante as transmissões -, associado às buscas de procedimentos pela internet.
O Zoom Boom fez disparar a busca por cirurgias plásticas e outros procedimentos estéticos, sobretudo na região da cabeça e do rosto, sempre mais evidenciadas nos contatos on-line. É o caso do transplante capilar, cuja procura aumentou 300% de junho de 2020 a junho de 2021.
Cristina Nakano, cirurgiã-chefe da Guardiões do Cabelo, clínica pertencente ao Grupo Speranzini – referência internacional em transplante capilar -, entende que as pessoas enquadradas neste fenômeno certamente já apresentavam algum grau de insatisfação relacionadas à calvície. “O contato visual frequente com a própria imagem desencadeia uma percepção mais direta. O problema fica ainda mais evidenciado”, explica a médica.
Esta realidade, de acordo com o diretor-clínico do Grupo Speranzini, Dr. Mauro Speranzini, nos faz perceber que, talvez, se tivéssemos um espelho nas mãos durante todo tempo refletindo nossa própria imagem, arrumaríamos uma porção de imperfeições no próprio corpo. “Trata-se de um fenômeno, por isso vale o alerta para que as pessoas façam uma análise da real necessidade de qualquer procedimento cirúrgico”, afirma o médico.
O home office proporciona melhores condições de recuperação, com menor interação social e sem a necessidade de deslocamentos, além de horários mais flexíveis. “Muitos dos nossos pacientes relatam que já tinham o desejo de realizar o transplante capilar, mas estavam impedidos por outros compromissos profissionais e ou financeiros, e perceberam a oportunidade com a mudança da rotina durante a pandemia”, destaca a Dra. Cristina Nakano. Ainda segundo a cirurgiã, procedimentos estéticos menos invasivos são totalmente aconselháveis durante esse período, desde que se cumpra todos os protocolos de segurança e prevenção.