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Área doadora insuficiente no transplante capilar – preciso escolher entre coroa ou entradas?

10 de abril de 2023

No transplante capilar, sob o ponto de vista do paciente, uma das dúvidas mais recorrentes é entender e definir qual região calva deve ter prioridade na redistribuição dos fios. Aí vem o questionamento: coroa ou entradas? Preciso escolher quando a área doadora (geralmente as laterais e a nuca) é insuficiente para “emprestar” fios para a cobrir toda a área receptora?

A resposta depende de uma série de fatores. Em primeiro lugar, é preciso sempre destacar que a área doadora é finita. Quanto maior a calvície, menor a área doadora e vice-versa. Quem mais precisa de cabelo é justamente quem menos tem para transferir. Assim, cada UF (unidade folicular) transplantada deverá ser utilizada para se obter o melhor resultado estético possível.

De acordo com o Dr. Mauro Speranzini, diretor-clínico do Grupo Speranzini – formado pelas clínicas Speranzini e Guardiões do Cabelo, os fios transplantados não caem, o que significa que o transplante dura por toda a vida. Então, o objetivo é garantir que a aparência da pessoa mantenha-se natural com o passar dos anos. Idealmente busca-se um equilíbrio entre a densidade e área de cobertura, dando-se preferência por ter maior densidade em regiões “chave”, como as entradas, para aumentar o preenchimento com um mesmo número de fios.

Nas grandes calvícies há um desequilíbrio desfavorável entre a área doadora e a área receptora, explica o médico. “A tentativa de cobertura de toda área calva resulta em grande rarefação e, consequentemente, em maus resultados. Nestes casos é preferível priorizar a linha anterior e a região frontal, que devolvem a “moldura do rosto” e fazem aquela diferença entre ser calvo e não ser calvo”, aponta o médico.

Homens que estão ou ficarão muito calvos devem adaptar suas expectativas a aceitar que mesmo após o término do tratamento haverá áreas sem cabelo (geralmente a coroa) ou mesmo áreas com menos cabelo do que gostaria. Mesmo em calvícies extensas há área doadora suficiente para o transplante na região frontal. Isto faz uma grande diferença na aparência e na autoconfiança de uma pessoa.

O cabelo na coroa tem um sentido diferente da região anterior e, dependendo da extensão, há a necessidade de pelo menos 3 mil folículos para atingir a sensação de preenchimento visual. Mas a boa notícia é que a região da coroa geralmente responde bem aos tratamentos clínicos associados após o transplante capilar, conferindo um resultado estético ainda mais harmonioso.

Não há dúvida que se trata de uma decisão difícil, mas o fato é que se houver condições cirúrgicas e um alinhamento responsável de expectativa entre médico e paciente, mesmo com a indicação clínica para priorizar as entradas, a decisão por essa ou aquela região é sempre do paciente.

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