Orelhas de abano e a volta às aulas – seu filho não merece sofrer bullying
4 de abril de 2023A retomada lenta, mas gradual, das atividades escolares, torna a evidenciar um problema recorrente no universo estudantil, sobretudo na fase da infância e da adolescência. Neste caso específico, destacamos o bullying praticado contra crianças e adolescentes que possuem orelhas de abano.
Não bastassem os efeitos das condições adversas impostas pela pandemia, como isolamento e distanciamento, crianças e adolescentes com esta característica estética diferente, fora do padrão, voltam a ficar expostas às brincadeiras irônicas e aos deboches, capazes de causar estragos psicológicos e sociais seríssimos. Infelizmente, as orelhas de abano são uma das características estéticas que mais estigmatizam o público infantil.
Mais do que nunca, a atenção dos pais neste período de retomada das aulas presenciais e das atividades sociais em grupo é de fundamental importância. Mudanças ou dificuldade nas relações com outras crianças podem indicar sinais claros de bullying por conta das orelhas de abano.
De acordo com o cirurgião plástico Dr. Mauro Speranzini, considerado um dos maiores especialistas do mundo em otoplastia, nome dado a cirurgia para a correção das orelhas de abano, trazer as crianças de volta ao convívio social normal, sem traumas e sem grilos na cabeça, gera benefícios que vão muito além da questão estética.
“O impacto é direto na autoestima, na autoconfiança e na retomada do desejo de se relacionar, quesitos fundamentais para a correta formação do caráter e da personalidade. Esse é o poder de uma cirurgia bem-sucedida para correção das orelhas de abano”, aponta o médico, reconhecido internacionalmente pelo desenvolvimento da oto definitiva, associação de técnicas que levaram os resultados do procedimento a uma nova era no Brasil e no mundo.
Mauro Speranzini também destaca que os pais devem estar atentos também ao autoconceito da criança, auxiliando-a a reconhecer suas próprias características. “Esse apoio é primordial, pois ajuda a fortalecer a estrutura emocional e a autoestima da criança, amenizando os efeitos danosos do bullying por conta das orelhas de abano, pelo menos até a decisão por fazer a cirurgia de correção “, ressalta o médico.
A otoplastia pode ser feita a partir dos sete anos, idade na qual o formato e tamanho das orelhas estão bem próximos do definitivo. “O ideal é que os pais esperem que a criança busque ajuda, pois assim estará mais motivada para a cirurgia e será mais cooperativa no pré e pós-operatório”, explica Mauro Speranzini.
O procedimento de correção das orelhas de abano é considerado relativamente simples, desde que conduzido por um cirurgião reconhecidamente especialista em otoplastia. A cirurgia é feita com anestesia local, dura entre duas e três horas, não necessita internação e deixa cicatrizes imperceptíveis a olho nu.