Muitas pessoas usam os termos implante ou transplante de cabelo sem saber exatamente qual é o correto – há aquelas que nem perceberam que pode haver aí uma diferença.
O termo correto é transplante de cabelo, procedimento que retira os fios das áreas doadoras do paciente, geralmente as laterais e a nuca no couro cabeludo, ou mesmo a barba e o tórax em casos específicos, e os redistribui nas regiões da cabeça atingidas pela calvície, chamadas de receptoras.
Transplante se refere à transferência de tecido, órgãos ou organismos com o objetivo de substituir e compensar uma função perdida por algum fator interno ou externo.
O termo implante de cabelo, de forma equivocada, é frequentemente associado à ação do transplante. São situações diferentes, pois um implante se caracteriza pela colocação ou enxerto de materiais artificiais em determinada região do corpo, passando a integrá-la. Ou seja, só se pode chamar de implante de cabelos os procedimentos nos quais os fios implantados na região calva sejam sintéticos.
Apesar de oferecer resultados razoáveis em curto prazo, com o passar do tempo o organismo pode rejeitar o elemento estranho ao corpo, podendo causar queda e deixar cicatrizes.
Mesmo com todas as diferenças técnicas entre o implante ou transplante de cabelo, há uma peculiaridade que derruba a barreira dos conceitos da Língua Portuguesa e diminui a distância entre o significado dos termos.
Tanto nos consultórios quanto nas ferramentas de busca da internet é muito comum o uso do termo “implante” por parte das pessoas interessadas em conhecer e entender, de fato, os resultados do “transplante” capilar. Por conta dessa realidade, a própria comunidade médica passou e a aceitar ambos os termos – implante ou transplante de cabelo – para caracterizar o procedimento do transplante de fato.