Quando se fala em biópsia de couro cabeludo, a primeira reação costuma ser de medo e espanto, mas, na verdade, trata-se de um procedimento que pode trazer muitas vantagens na precisão do diagnóstico e não apresenta grandes riscos para quem se submete a ele. A biópsia é parte do caminho para melhorar a saúde dos fios e não um motivo para preocupações.
O exame de biópsia pode ser feito em várias áreas do corpo, incluindo o couro cabeludo. A biópsia de couro cabeludo auxilia no diagnóstico das alterações da região, especialmente nos casos de alopecia, queda de cabelo e alteração de textura. Dessa forma, a biópsia de couro cabeludo ajuda a determinar se a queda de cabelo é definitiva, ou não. O exame também é importante no diagnóstico de doenças inflamatórias que podem acometer o couro cabeludo, como psoríase e foliculites, por exemplo. Com o resultado do exame em mãos, além de um diagnóstico preciso, é possível indicar um tratamento mais eficaz.
A biópsia de couro cabeludo não requer internação, embora seja considerada um procedimento cirúrgico. O exame, que pode ser feito no próprio consultório médico com anestesia local, consiste na remoção de um pequeno fragmento — cerca de 4 mm de diâmetro — do couro cabeludo, e a amostra é enviada a um laboratório para ser avaliado por um médico patologista.
Em alguns casos, são retirados dois fragmentos pequenos, um de cada região do couro cabeludo. Geralmente é possível retornar à rotina normalmente após o a biópsia de couro cabeludo. O resultado do exame costuma levar de cinco a sete dias para ficar pronto, a depender do laboratório de patologia para onde o fragmento é encaminhado.
Normalmente a biópsia de couro cabeludo é necessária para os casos em que existe uma dúvida diagnóstica não esclarecida com o exame físico. Assim, ela é indicada principalmente para quem apresenta determinados tipos de queda de cabelo, ou diante de suspeitas de doenças inflamatórias e alopecias cicatriciais. Na grande maioria dos casos não é uma conduta inicial.
Para garantir a segurança do paciente, o médico dermatologista está habilitado a realizar a biópsia de couro cabeludo, sendo ainda mais recomendado que seja também especializado em tricologia, pois este exige conhecimento específico da anatomia, técnica cirúrgica e de determinação do melhor local a ser biopsiado. Assim, o mesmo profissional que tem a suspeita de determinada condição é quem realiza o procedimento, enviando a amostra para um médico patologista que, por sua vez, também deve ser especialista em biópsia de cabelo fazer a análise. Depois, ainda é ele quem analisa o resultado e a descrição do exame e define o melhor tratamento para o problema.