Pacientes interessados em se submeter a um implante capilar, com frequência, se deparam com uma dúvida: os fios transplantados caem?
Para responder a esta pergunta tão comum, é importante ressaltar que, em sua grande maioria, os pacientes que se submetem a um implante capilar possuem a calvície androgenética que, ao contrário do que se pensa, não é uma doença, e sim uma condição estabelecida pela genética.
A pessoa nasce com a pré-disposição determinada pela genética familiar a perder os cabelos e se tornar calvo. Portanto, se você possui pais, irmãos, tios, avós calvos, existe uma boa chance de você também ter algum grau de calvície em algum momento da vida adulta.
De maneira geral, o implante capilar é a transferência de raízes pilosas de uma região do couro cabeludo onde o cabelo não cai, normalmente nas têmporas e nuca, para a região onde o cabelo caiu ou está caindo, adiando, nos casos iniciais, o aparecimento de áreas calvas ou simulando estágios anteriores da calvície nos casos mais avançados.
Mas a estimativa quanto à extensão da chamada zona doadora, de onde os fios são retirados para serem transplantados na área calva, varia de pessoa para pessoa e o médico especialista leva em consideração alguns fatores como a extensão da calvície, a idade do paciente e o histórico familiar para determiná-la. Uma vez avaliados estes três fatores é estimada a chamada área doadora mais segura de cada indivíduo, onde os fios em sua grande maioria não estão predestinados a cair.
Assim, os fios transplantados não caem se retirados da chamada área doadora mais segura, sendo o implante capilar um procedimento eficaz e duradouro. Entretanto, vale ressaltar que uma pequena percentagem dos fios dessa área, eventualmente, pode cair, pois acompanha o processo natural de perda relacionado ao avanço da idade – independe do local onde os fios estejam, o que importa é a predisposição genética que cada um deles carrega.
Lembre-se de que a calvície androgenética é uma condição progressiva; portanto, o resultado do implante capilar pode variar ao longo do tempo, conforme haja maior perda dos fios de cabelos remanescentes (não transplantados). Por isso, a importância de se ter um bom prognóstico e planejamento cirúrgico para que o resultado do implante capilar seja eficaz e duradouro.
Outra dica é a associação do tratamento clínico tópico ou oral para engrossar os fios remanescentes e/ou retardar a sua queda, que deve ser prescrito por um médico tricologista, dermatologista especializado em cabelos.