Cirurgião plástico brasileiro, Mauro Speranzini, desenvolve técnica inédita que evita a extrusão de pontos na Otoplastia
O cirurgião plástico Dr. Mauro Speranzini, maior especialista do Brasil em Otoplastia (cirurgia para correção de orelha de abano), desenvolveu uma técnica inédita que evita a extrusão de pontos (incômodo local que pode levar a uma infecção) durante a cirurgia. A descoberta será apresentada no 49° Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica, que acontece de 14 a 18 de novembro, em Porto Alegre. Na ocasião, o médico vai dar explicações sobre a técnica, que consiste em uma cirurgia de curta duração, sem internação e com pós-operatório, em geral, tranquilo.
Não existe uma causa exterior para o abano, é uma característica física como outra qualquer, de caráter genético, familiar. É perceptível nas primeiras semanas de vida. A orelha de abano é aquela que se projeta exageradamente do rosto ou não tem as curvas internas.
“Se uma pessoa está incomodada com a aparência de suas orelhas deve procurar um especialista”, resume Dr. Speranzini. Segundo ele, o procedimento cirúrgico pode ser executado, inclusive, em crianças a partir dos seis anos, quando a orelha já atingiu o tamanho próximo ao de uma pessoa adulta. “Lembrando que as brincadeiras infames de colegas podem gerar um grande sofrimento à criança intervindo, inclusive, na formação de sua personalidade”, diz o especialista.
Desde que o paciente deseje e reúne as condições físicas necessárias para a cirurgia não há restrições, sendo mais frequente entre 20 e 35 anos. “Embora seja um problema estético da infância, a cirurgia é muitas vezes adiada para a fase adulta porque os pais sempre acham seus filhos lindos e simplesmente não enxergam defeito; reconhecem o abano, mas não dialogam a respeito, com ceio de causar mal-estar, além de existir o medo natural de submeter o filho a uma cirurgia”.
1 – Se os pais não identificam dificuldade de relacionamento ou autoestima da criança, pode ser melhor esperar que ela manifeste desejo para a correção.
2 – Se, por outro lado, notam-se artifícios para esconder as orelhas, os pais devem iniciar um diálogo com o filho, perguntando como ele se sente em relação à sua imagem corporal. Havendo alguma referência em relação às orelhas de abano, os pais devem explicar que existe correção e que talvez a criança devesse ouvir a opinião de um especialista.
Fonte: Dr. Mauro Speranzini especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, e membro titular com tese de dissertação sobre cirurgia da orelha.