Desde sempre, milhões de pessoas que sofrem com os transtornos causados pela perda parcial ou total dos cabelos buscam, de maneira incessante, procedimentos, fórmulas e tratamentos capazes de minimizar ou acabar com a calvície. Para este grupo específico, a baixa autoestima provocada pela insatisfação em relação à própria imagem causa um efeito devastador. Mas a boa notícia é que hoje em dia existem medicamentos tópicos, orais e injetáveis que são úteis desde a prevenção da queda dos cabelos até o tratamento pós-cirúrgico nos casos de transplante capilar.
Em relação aos remédios, um dos mais importantes e eficazes agentes no combate à calvície é a finasterida, que carrega consigo um rastro de polêmica. Mas a pergunta é: o que é polêmica e o que é fato na relação do remédio com a perda da libido?
O medicamento foi idealizado em 1997 para tratar a hipertrofia benigna da próstata. Porém, ganhou fama em larga escala a partir de 1998, quando passou a atuar também como componente importante no tratamento da queda de cabelo. Desde então, é receitado na forma de comprimidos de 1 mg, com ingestão diária, por tempo indeterminado.
A finasterida age bloqueando uma enzima chamada 5-alfa redutase, reduzindo em 68,4% a conversão da testosterona para dihidrotestosterona (D.H.T.) e, consequentemente, o afinamento do fio de cabelo.
Pesquisas recentes desmistificaram a preocupação de que o uso contínuo gera diminuição da libido. O fato é que isso ocorre em apenas 1,8% dos casos, pouco acima do placebo (medicamento sem princípio ativo), com 1,3%. Em algumas ocorrências, o efeito colateral desapareceu mesmo sem a interrupção do tratamento.
De acordo com os médicos especialistas do Grupo Speranzini – referência internacional em transplante capilar e tratamentos clínicos-, a finasterida não afeta os fios que não estão sujeitos a cair. Dr. Mauro Speranzini, diretor-clínico do Grupo, explica que o medicamento pode ser usado isoladamente, antes, durante ou depois de um transplante de cabelo.
“O pico do efeito se dá em um a dois anos de uso e dura enquanto o medicamento for utilizado. Qualquer benefício obtido com a finasterida desaparece após 12 meses sem a droga”, aponta o cirurgião. É importante ressaltar que, caso haja esse efeito, a medicação será interrompida e o efeito adverso será prontamente solucionado. A avaliação médica antes do uso de finasterida é fundamental para a correta prescrição e acompanhamento clínico.