É indiscutível a posição de destaque do MMP (Microinfusão de Medicamentos na Pele) como uma das principais soluções no tratamento capilar, seja antes ou depois do transplante capilar. Neste artigo, no entanto, vamos enfocar no papel do MMP no pós-operatório do transplante capilar.
A maioria dos pacientes de transplante capilar tem a indicação clínica para fazer o MMP, seja para potencializar o resultado cirúrgico, que em alguns casos pode ser mais tímido, a depender do grau prévio de calvície, seja para manter os fios transplantados, ou para manter os fios naturais vizinhos aos fios transplantados.
“Pessoas que, mesmo após o procedimento cirúrgico, apresentam rarefação e/ou perda capilar nos fios remanescentes, bem como aquelas que possuem área doadora com baixa densidade, via de regra são bons candidatos”, indica Mauro Speranzini, diretor-clínico do Grupo Speranzini – referência em transplante de pelos, formado pelas clínicas Speranzini e Guardiões do Cabelo.
No tratamento, utiliza-se um equipamento com microagulhas vibratórias para agir na derme do couro cabeludo, onde estão inseridos os fios. Na mesma ação, o médico estimula a circulação sanguínea e injeta substâncias para impulsionar o crescimento e engrossamento dos fios naturais e transplantados.
A análise criteriosa e o diagnóstico preciso do(a) dermatologista/tricologista determinam o número de sessões, intervalos entre as sessões, medicamentos, dosagens utilizadas, velocidade da aplicação e tamanho das microagulhas. As medicações utilizadas devem ser estéreis, como por exemplo: finasterida, dutasterida, minoxidil, vitaminas, fatores de crescimento e bimatoprosta, entre outros.
Na maioria dos casos, a recomendação do MMP no pós-operatório do transplante capilar é de no mínimo 4 sessões, com intervalo geralmente de um mês entre cada aplicação, com possível protocolo de manutenção de sessões mais esparsas para manter os resultados obtidos.
No transplante capilar, a coroa é uma região mais complexa, devido à presença do redemoinho. Numa pessoa sem calvície, naturalmente conseguimos visualizar mais o couro cabeludo no redemoinho em razão da direção e inclinação dos fios nessa área. Dependendo da extensão da calvície, a coroa é um verdadeiro “buraco negro” e gastam-se muitos fios para que tenha uma boa cobertura dessa região. Em alguns casos, há a necessidade de pelo menos 3 mil folículos para atingir a sensação de preenchimento visual da coroa. Daí o tamanho do desafio para os cirurgiões.
Nesse sentido, o MMP no pós-operatório é de extrema importância, pois a região da coroa é a que responde melhor a esse tratamento. Dessa forma, o MMP apresenta-se como forte aliado na recuperação parcial ou total de uma área tão complexa, conferindo um resultado estético ainda mais harmonioso e natural.