Por vezes, promessas milagrosas beiram o absurdo, mas infelizmente conseguem convencer muita gente. “Dar um Google” é perigoso! Neste caso específico, vamos falar sobre quem busca obter informações com foco em cirurgias plásticas estéticas como a otoplastia, que tem por objetivo corrigir imperfeições nas orelhas.
Uma das principais táticas para atrair pessoas, sobretudo as mais desatentas ou fragilizadas pela baixa autoestima gerada pela imperfeição nas orelhas, com forte poder de sedução, é a divulgação de fotos antes e depois. Nessa linha, inclusive, é comum ver e ouvir por aí, também, o anúncio de técnicas antigas revestidas e apresentadas como novidades, com nomenclaturas atraentes, capazes de resolver todas as imperfeições na orelha. E é aí que mora o perigo! Trata-se de uma artimanha que vai, inclusive, na contramão das orientações e determinações do CFM (Conselho Federal de Medicina).
É fato que há uma série de técnicas que, de forma individual ou associadas, são capazes de entregar resultados bem-sucedidos com bastante segurança e conforto para a correção das mais variadas imperfeições, como a orelha de abano. “A questão é escolher a melhor associação de técnicas à demanda cirúrgica de cada caso”, explica o Dr. Mauro Speranzini, um dos mais respeitados cirurgiões do mundo nesta especialidade.
No entanto, infelizmente, o que se vê em grande escala é a divulgação sem a correta informação sobre a eficácia de determinada técnica em todas as circunstâncias, alerta o médico. “Recebemos muitos pacientes na clínica Speranzini que foram submetidos a procedimentos mal sucedidos, com resultados danosos, causando ainda mais estrago na autoestima. Na ânsia de se livrarem de algo que os incomodava, estas pessoas acabaram “ganhando” a frustração”, lamenta o médico.
O fato é que uma escolha inadequada do cirurgião pode transformar o sonho em um grande pesadelo. Em consulta com um médico comprovadamente especialista em otoplastia, aí sim, o paciente terá acesso a muitas fotos de antes e depois de casos semelhantes ao dele.
A internet e as redes sociais podem colaborar na escolha do profissional, mas definitivamente, fotos de otoplastia antes e depois não podem ser o critério para a escolha do profissional, e nem devem representar desconfiança sobre aqueles médicos e clínicas que remam contra a maré e não se sujeitam a esse tipo de marketing enganoso.
Aqueles que não mostram as fotos antes e depois nas redes sociais, são os que respeitam você e entendem que criar expectativa irreal é antiético e os danos podem ser irreversíveis.