Ao primeiro sinal de perda de cabelo é muito comum homens de todas as idades entrarem em estado de alerta. Pelo menos para a grande maioria, a ameaça logo se transforma em preocupação e desconforto com a própria imagem. De forma inquestionável, a identidade pessoal abalada exerce influência negativa e direta na autoestima de qualquer um.
Se o estrago pode ser grande já nas fases iniciais da calvície, não é difícil imaginar o que pode ocorrer em quadros mais avançados. Neste caso específico, vamos lançar luz sobre a região da coroa, emblemática para muitos pacientes e, ao mesmo tempo, bastante complexa sob o ponto de vista médico/cirúrgico, pois via de regra, necessita de um número muito grande de fios para atingir um resultado satisfatório num único procedimento de transplante capilar. Diante deste dilema, entra em campo um grande aliado do transplante capilar para a recuperação dos cabelos na coroa: o tratamento clínico capilar associado.
Tecnicamente, nas grandes calvícies há um desequilíbrio desfavorável entre a área doadora e a área receptora. Na tentativa de cobertura de toda área calva, pode ocorrer grande rarefação da área doadora que, aliás, vale lembrar, é finita e raramente capaz de atender a demanda geral numa única sessão, o que inviabilizaria uma segunda intervenção cirúrgica.
“Sem dúvida é uma decisão difícil, mas o fato é que se houver condições cirúrgicas e um alinhamento responsável de expectativa entre médico e paciente, a decisão por priorizar essa ou aquela região é sempre do paciente”, destaca Dr. Mauro Speranzini, diretor-médico do Grupo Speranzini, referência internacional em transplante de pelos (cabelo, barba e sobrancelha).
Nos casos de homens mais “sortudos”, ou seja, aqueles cuja área doadora pode suprir a cobertura em um ou até dois transplantes, tudo é mais simples. Nestas situações, de acordo com o Dr. Mauro Speranzini, é preferível priorizar a linha anterior e a região frontal, que devolvem a moldura do rosto e fazem aquela diferença visual entre ser ou não calvo, pelo menos para a maioria. Na sequência, é a vez da intervenção cirúrgica para o preenchimento da coroa desfalcada.
O cabelo na coroa tem um sentido diferente da região anterior e, dependendo da extensão, há a necessidade de pelo menos 3 mil folículos para atingir a sensação de preenchimento visual. Daí a complexidade e desafio para os cirurgiões. Mas a boa notícia é que a região da coroa geralmente responde bem aos tratamentos clínicos associados após o transplante capilar. Entre eles o PRP e o MMP, por exemplo, importantes aliados na recuperação parcial ou total da região da coroa, conferindo um resultado estético ainda mais harmonioso.