Em qualquer procedimento cirúrgico, uma das principais preocupações é o pós-operatório. Nesse sentido, é fundamental seguir à risca as recomendações médicas. No caso da cirurgia para correção da orelha de abano, a otoplastia, vale ressaltar os cuidados que os adeptos de práticas esportivas devem tomar. Quando o assunto é praticar esporte no pós-operatório da cirurgia de orelha de abano, todo cuidado é pouco. Não basta a competência do médico. O paciente deve fazer a sua parte.
Qualquer esporte gera o aumento da circulação sanguínea e, o esporte no pós-operatório da cirurgia de orelha pode prolongar o inchaço das orelhas. Por isso, recomenda-se que o retorno às atividades físicas seja gradual, começando com menor intensidade e ir aumentando aos poucos, conforme a evolução do pós-operatório, especialmente quanto ao inchaço.
Esportes de contato e coletivos são os que mais podem afetar o resultado da cirurgia da orelha de abano, especialmente se praticados antes da hora (quatro semanas). O risco que se corre é o trauma nas orelhas e, consequentemente, arrebentar os pontos, sendo neste caso, necessária a reoperação das orelhas. O trauma também pode produzir hematoma e ser necessária a drenagem das orelhas.
A natação, por exemplo, deve ser evitada por duas semanas ou até que as crostas tenham caído. Envolve aí, uma questão de higiene e contaminação da água da piscina. Já a corrida também tem a ver com o inchaço e o estímulo à circulação sanguínea, por isso deve ser evitada, segundo o cirurgião plástico Mauro Speranzini, por um mês, mas pode ser liberada antes, conforme a evolução pós-operatória de cada paciente.
Esportes praticados ao ar livre, como caminhada, podem ser praticados após três dias, desde que haja a proteção das orelhas contra o sol. A exposição ao sol pode escurecer a cicatriz, promovendo um aspecto indesejado. Por fim, musculação e bike, devem respeitar pelo menos três dias.