O Brasil, ao lado dos Estados Unidos, lidera o ranking mundial de cirurgias plásticas com objetivos estéticos. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, enquanto nos últimos dez anos a população brasileira aumentou cerca de 10%, o número de cirurgias plásticas, no mesmo período, cresceu perto de 200%. No entanto, este cenário de forte expansão, traz na esteira questões preocupantes, como o aumento nos erros cometidos nos procedimentos – e aqui vamos discutir especificamente os equívocos na cirurgia de orelha de abano.
Mesmo com os importantes avanços e desenvolvimento de técnicas revolucionárias – algumas delas desenvolvidas por médicos brasileiros como o Dr. Mauro Speranzini -, na cirurgia de orelha de abano ainda observam-se erros comuns que resultam em resultados indesejados.
Os erros mais comuns na cirurgia de orelha de abano geralmente são ocasionados por imprudência do cirurgião. Geralmente isso acontece quando o médico não aborda todos os aspectos e a estrutura da orelha como um todo e parte para a uma correção pontual, seja no lóbulo, na concha, parte central, superior, etc. Resultado: corrige-se um local e cria-se um problema em outra região.
Outro erro comum na cirurgia de orelha de abano que chama a atenção é quando a cartilagem, machucada durante o procedimento, produz irregularidades visíveis. Há situações, inclusive, em que o médico, a pedido do próprio paciente, vai além do bom senso e do padrão estético e pratica uma intervenção agressiva, capaz de sair de uma situação de abano para uma orelha praticamente ‘colada’ na lateral da cabeça.
Antes de qualquer procedimento cirúrgico, a dica é sempre a mesma: pesquise as referências e o currículo do cirurgião responsável pelo procedimento. Números da área médica indicam que mais de 97% dos erros em cirurgias plásticas foram cometidos por profissionais que não passaram pela residência específica e não possuem experiência comprovada.