Orelhas de abano é uma das anomalias com maior potencial para expor pessoas, principalmente crianças, ao bullying. Não à toa, a procura pela otoplastia – cirurgia plástica para correção da proporção, posição ou forma das orelhas -, cresce em alta velocidade, e cada vez mais cedo. Dr. Mauro Speranzini, um dos maiores especialistas no assunto, explica o porquê se deve realizar a cirurgia da orelha de abano só após os seis anos.
A maior parte dos casos de orelha de abano se torna perceptível logo a partir dos primeiros dias de vida dos bebês. Mas, claro, notar o grau de abano da orelhinha está no final da lista de prioridades dos pais e familiares em relação ao bem-estar geral da criança. Isso é absolutamente compreensível!
Vale destacar que, na primeira semana de vida, há um procedimento não cirúrgico capaz de, em alguns casos, resolver o problema. Mas, convenhamos, difícil um pai ou mãe se atentar às orelhas do recém-nascido, a não ser que pai ou mãe sofram ou tenham sofrido com o abano. Mais tarde, esta percepção dos pais causa angústia e preocupação a ponto de procurar por um cirurgião plástico para resolver o problema quando a criança tem 2 ou 3 anos.
Então, fica a pergunta: por que a otoplastia só é realizada após os seis anos? Resposta: A partir desta idade as orelhas, que são compostas por cartilagem, atingem o tamanho definitivo, permitindo uma intervenção eficaz na posição e no formato das orelhas. Além, disso, a percepção sobre a própria aparência também desperta neste período, quando a própria criança começa a se incomodar com as orelhas de abano.
“Antes desta idade, qualquer intervenção cirúrgica nas orelhas de abano é totalmente desaconselhada, pois pode deformar as orelhas que ainda estão em fase de crescimento, produzindo um resultado inestético, muitas vezes bem pior do que o próprio abano”, alerta Dr. Mauro Speranzini.
O conceito e a percepção corporal têm início por volta dos 5 anos de idade, mas a criança com orelhas de abano só percebe algo ‘diferente’ a partir dos seis anos, momento em que passa a ser vítima de brincadeiras e apelidos no convívio social.
O incômodo é particularmente maior na fase dos 7 aos 10 anos. Em geral, as crianças desconhecem a possibilidade de correção e se angustiam com o problema. Esta fase é crucial para o desenvolvimento adequado da autoestima, e submeter uma criança a brincadeiras cruéis pode trazer resultados desastrosos para o desenvolvimento da personalidade.
Naturalmente as crianças tendem a não participar de atividades que exponham as orelhas. Evitam prender o cabelo, no caso das meninas e optam por penteados inadequados com o intuito de esconder as orelhas de abano. “Quando os pais, professores ou familiares próximos notam tais comportamentos é recomendável procurar ajuda de um especialista”, ressalta Dr. Mauro Speranzini, responsável pelo desenvolvimento das associação de técnicas cirúrgicas denominada Oto Definitiva, que vem se consagrando como exterminadora de complicações neste tipo de procedimento (saiba mais aqui).