Nunca é demais lembrar que o transplante capilar bem-sucedido dura para sempre, mas, por outro lado, a área doadora de fios é finita. O foco, então, é achar o equilíbrio capaz de garantir a aparência o mais natural possível ao passar dos anos, ou seja, pensar no curto, médio e longo prazo. Este é o objetivo de entrega de um planejamento correto de implante capilar sob a ótica de um cirurgião especialista e responsável.
Mas existe o outro lado, que é o desejo misturado com a ansiedade de quem sofre com o problema da calvície. No caso específico, por exemplo, das pessoas que começam a apresentar sinais de calvície cedo, por vezes já a partir dos vinte e poucos anos; levando em conta que a progressão do caso é rápida, é comum observar uma corrida maluca atrás da solução imediata por meio do transplante capilar.
É o pensamento no curto prazo. Um perigo, segundo Mauro Speranzini, um dos maiores especialistas do mundo em transplante capilar. “O planejamento correto de um transplante capilar busca a solução imediata, obviamente, mas sempre contemplando o cuidado com a progressão e imaginando o cenário da calvície do paciente 10, 15 ou 20 anos depois”, indica o cirurgião.
Trata-se de uma questão matemática. Poupar os fios da área doadora em um procedimento realizado tão precocemente, certamente é uma sábia decisão. Esgotar a fonte numa tacada só é arriscado demais. No médio e longo prazo, a ação no passado de resolver a calvície a qualquer custo vai cobrar um valor impagável. Aí, quem ganha é a calvície.
Excelência médica, equipamentos de última geração e infraestrutura diferenciada também devem ser considerados como quesitos básicos no escopo de um planejamento correto de implante capilar. Outra exigência indiscutível é o dever e o compromisso ético do médico em compartilhar com o paciente os dois cenários: presente e futuro. O chamado alinhamento de expectativa.